Não posso te esquecer...

Hoje estava difícil compreender aquela flor,
nascida em mim... para me confundir todo,
pois seu calor poderia se comparar a nuvens,

dessas bem altas, assim como aqueles cirros,
que a gente admira por estarem tão  acima,
presos numa enorme  distância e bem frias.

Há dias então que sua voz é como se calasse
minhas vontades de sentir todo o seu calor ,
pois continuava insistente em sua frialdade,

e suas palavras vinham se juntando no fundo
de meu próprio querer que agora nem queria,
porque para ela as rosas hoje tinham espinhos,

que estavam prontos para ferir  o meu querer,
pois  nesta noite se alimentava de sua aspereza,
porque talvez a vida não lhe estivesse sorrindo,

nem trazendo novas perspectivas de amanhãs.
Assim, meus olhos pareciam vozes se calando,
e não queria mais viver esse  jogo de palavras,

que se enchia repentinamente de  desinteresse,
pois o querer  desaparecera entre frias nuvens,
num dia em que sua falta de vontade me atingia.

Acho que neste 22 de julho as coisas esfriaram,
porque já nem mais havia a fogueira encantada,
mas um ar de desinteresse que era puro cristal.

No entanto, de repente, saiu a lua entre
as nuvens,
bem grande, ainda a brilhar na escuridão celeste,
e  me recordei que as nuvens são só passageiras,

mas a lua não...pois seguia em mim permanente,
para que meu coração se alegrasse nesse brilho,
que só os olhos dela tinham...

Hum...lua caçadora...
minha caixa de Pandora !!!
Eu não posso te esquecer...

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Poesia que fiz em 22-07-09 às 03.50 h em SP
Lua minguante – sol médio – 20 graus
Beijos e abraços para você...boa quinta... [love]
cseagull2@hotmail.com
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