PROFANAÇÃO
O inexplicável se torna razão, o sagrado
é mesclado a profanação e o adorável
Flerta com a perversão.
Quando fazemos amor, gozamos
Em voz alta para expulsar velhos tabus
E despertar novos deuses, devorando
Um pudor untado com mel de entranhas.
Quando fazemos amor, fazemos sexo,
Sacanagem, parangolé!
Promovemos espetáculos com o balé
Dos seios, o contorcionismo do espasmo
E o grande salto do esperma.
Quando fazemos amor, fazemos fogo,
Traquinagem e libertinagem.
Cometemos estupros, adultério, sodomia
E tantos crimes abençoados pelo deus Eros.
Quando fazemos amor, fazemos filhos
E estribilhos repetitivos em suas juras!
Somos Shiva e Shakti, Adão e Eva
Ou as areias de Onam!
Somos bruxo e bruxa da magia negra
E vermelha da paixão.
Quando fazemos amor, somos Rei e Rainha,
Pombo e pombinha; faca no queijo de um festim
De tesão.
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