QUANDO AMA UM CORAÇÃO? - Retrô

No dia em que desiste da batalha contra o reconhecimento;

E se recolhe ao indizível fervor que lhe apraz;

No dia em que se curva às lágrimas que lhe trazem tormento;

Quando a sós consigo mesmo já não consegue obter paz!

Todas as vezes que nega tudo quanto roga o seu silêncio;

A cada acelerado batimento, que lhe foge à administração;

Quando uma específica imagem, fortemente lhe furta o senso;

Quando de febre ele arde e se declara inimigo da razão!

No instante em que ensurdece, para a lógica que lhe opõe;

Em meio ao perigo, que fútil se torna, ante a sua diligência;

Quando decreta como certos os favorecimentos que supõe;

Quando a vontade de voar é bem maior que a sua paciência!

Jamais se torna cego, mas só um horizonte ele avista;

Não se torna louco, mas reformula a seu favor os seus conceitos;

Quando sente fome, de um único item preenche sua lista;

Quando sente frio, só consegue aquentar-se em precisos seios!

Não adianta lhe contradizer, será inútil lhe aconselhar;

Ele só consegue se descobrir quando se esconde em outro ser;

É impossível desperceber um coração que se acha a amar;

É impossível sem amor obrigá-lo a ter vontade de viver!!

"E o seu? Está amando?"

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 22/07/2009
Código do texto: T1713232
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