Lágrimas escondidas...

Meus olhos são torrentes, cachoeiras...

Meus lábios aprenderam a sorrir...

Minhas mãos a abraçar...

Minha alegria contagia em derredor,

Sou pássaro cantador...

- Nego sempre minha dor...

Meus olhos buscam um distante horizonte...

Pássaro ferido por ações de muitos outros...

Sou grama pisada e flor machucada

Tive meu ninho derrubado,

Recomecei... E perdi...

A paciência não se esgota

Por isto meu rosto sorri...

Vejo e revejo corações

Que falam pelos seus olhos...

Os meus, sua luz escondem,

E as torrentes e cachoeiras

Transformo em belos brilhantes

(Mas a olhos mais atentos,

Verão que ainda são carvão...)

- Desvenda-me!...

- Descobre-me!...

- Ama-me!...

Tenho o segredo da Esfinge...

Tenho tantos mistérios

Que a ti irão cativar!...

Trago enigmas de mil anos...

Conheço o fauno das matas

E sereias, e anões,

E unicórnios, gnomos,

Elfos encantadores

e de tesouros montões...

Sei onde está

O Anel dos Nibelungos;

A história de Schubert

Me faz cantar e chorar!

De Butterfly o martírio

Sou testemunha ocular...

E as histórias de Nárnia

Sei muito bem explicar...

E de Tolkien conheço

O segredo do Anel...

Alice de Lewis Carroll

Sei que é conversa pra adultos

Que fazem que não entendem

Como fogem das verdades

E de tudo o mais... se vendem!

C. S. Lewis vai longe

Refaz a história sagrada

Na analogia amada...

- Desvenda-me! Desafio-te!

Despe a máscara dos ais...

Minha coragem te assusta?

Pois bem, não te assuste mais...

Aqui está uma mulher

De olhos de torrentes e cachoeiras

De lágrimas!... Ainda de Esperança...

Mas apenas a mulher...

- Que espera humilde, por ti!...

-Desvenda-me, meu amor...

Toma-me para ti...

E não te arrependerás...

ESPERANÇA
Enviado por ESPERANÇA em 21/07/2009
Reeditado em 21/07/2009
Código do texto: T1711861
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