o perfume da aranha

botou em sua bolsa a fragrância

pra quando a usasse comigo

porém me deixou de castigo

ao não dar maior importância

ao fato de que a esperava

há mais de duas horas e meia

a aranha tecendo a teia

enquanto o mosquito espreitava

e então finalmente cheirosa

sentou-se ao meu lado sorrindo

me prendo ao perfume da rosa

na teia me acho caindo

porém, mesmo assim, todo prosa

me entrego, jamais resistindo

Rio, 06/11/2007

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 21/07/2009
Código do texto: T1710847
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