Versos de Silêncio
Ser feminino.
Um afeto, um toque,
e num instante o universo.
A epiderme se sensualiza,
envolta por calor do hálito.
Num amplexo, delicados dedos,
mãos nervosas, trilhas do desejo,
a preguiça do coração pulsante.
A mulher desejada,
musa de lua e estrelas,
no céu de uma noite esquecida.
Um caminho oculto,
perdido no vazio
onde parece se esconder,
num jogo onde quer ser encontrada,
e por isso se finge de perdida.
Aventura que só quem ama entende,
pois não se trata de compreender,
mas apenas sentir
nas linhas das ternas emoções.
Um mundo de abstrações,
um lugar de cores de vida,
onde a juventude não terminava.
Onde, por um instante,
as ilusões se faziam sensatas.
Onde a realidade não quis ficar.
E ficou apenas o sujeito,
o figurante passivo de um quadro
onde se desenvolvem
as criações da imaginação,
onde o olhar inquieto
movimenta-se
com algum desassossego
e não é acompanhado
pela preguiça do corpo.
Primeiro pousando
sobre as gavetas fechadas,
identificando-se em inércia.
Depois deslizando
sobre as paredes brancas,
substrato para sua
fantasia solitária.
Onde seus lábios
recebem outros lábios,
onde as notas do som
de seu coração misturaram-se
com o pulsar agitado de outro.
Onde as palavras não ditas
são todas entendidas
num único olhar.
Ser feminino.
Um afeto, um toque,
e num instante o universo.
A epiderme se sensualiza,
envolta por calor do hálito.
Num amplexo, delicados dedos,
mãos nervosas, trilhas do desejo,
a preguiça do coração pulsante.
A mulher desejada,
musa de lua e estrelas,
no céu de uma noite esquecida.
Um caminho oculto,
perdido no vazio
onde parece se esconder,
num jogo onde quer ser encontrada,
e por isso se finge de perdida.
Aventura que só quem ama entende,
pois não se trata de compreender,
mas apenas sentir
nas linhas das ternas emoções.
Um mundo de abstrações,
um lugar de cores de vida,
onde a juventude não terminava.
Onde, por um instante,
as ilusões se faziam sensatas.
Onde a realidade não quis ficar.
E ficou apenas o sujeito,
o figurante passivo de um quadro
onde se desenvolvem
as criações da imaginação,
onde o olhar inquieto
movimenta-se
com algum desassossego
e não é acompanhado
pela preguiça do corpo.
Primeiro pousando
sobre as gavetas fechadas,
identificando-se em inércia.
Depois deslizando
sobre as paredes brancas,
substrato para sua
fantasia solitária.
Onde seus lábios
recebem outros lábios,
onde as notas do som
de seu coração misturaram-se
com o pulsar agitado de outro.
Onde as palavras não ditas
são todas entendidas
num único olhar.