O AMOR…(II)
É ternura
Unidimensional
Sem tempo
Nem espaço
Com silêncios
Com palavras sem fim
Com coisas que não se explicam
Pois gosto de Ti Assim
São estrelas que se apreciam
Pelo seu enigma
Pela sua inatingível profundidade
São borboletas que voam à nossa volta
É um livro que se descobre
Em palavras que nos surpreendem
Porque tocam
Vindas do nada
A nossa interioridade
É um beijo que se dá
E outro que recebemos
São corpos que se fundem
Com carinho profundo
Mas em segredo
É um olhar que fica
Gestos que nos marcam
Intemporais
Que podem ser resgatados ao tempo
Quando voltares do fundo dele
Pois há certas coisas que ficam
Que são Imortais
É a vontade de mais um copo
Mais um cigarro
Na conversa que se prolonga
Pelo crepúsculo
Pela belíssima madrugada
Na certeza
De nas horas roubadas ao sagrado sono
Seres mais importante que Tudo
Seres a Minha Perene Amada
Loucura
Disfarçada de aparente sanidade
É a vontade de te ter
De te preservar
Até ao Fim da Eternidade
É inquietude disfarçada
Em gestos suaves
De incontida paixão
Pois quero abraçar-te
Beijar-te
Fundir-me contigo
Até que se esgote tudo
E nada ficar
A não ser o nosso eco
Na portentosa imensidão…!
O Amor…