O AMOR…(II)

É ternura

Unidimensional

Sem tempo

Nem espaço

Com silêncios

Com palavras sem fim

Com coisas que não se explicam

Pois gosto de Ti Assim

São estrelas que se apreciam

Pelo seu enigma

Pela sua inatingível profundidade

São borboletas que voam à nossa volta

É um livro que se descobre

Em palavras que nos surpreendem

Porque tocam

Vindas do nada

A nossa interioridade

É um beijo que se dá

E outro que recebemos

São corpos que se fundem

Com carinho profundo

Mas em segredo

É um olhar que fica

Gestos que nos marcam

Intemporais

Que podem ser resgatados ao tempo

Quando voltares do fundo dele

Pois há certas coisas que ficam

Que são Imortais

É a vontade de mais um copo

Mais um cigarro

Na conversa que se prolonga

Pelo crepúsculo

Pela belíssima madrugada

Na certeza

De nas horas roubadas ao sagrado sono

Seres mais importante que Tudo

Seres a Minha Perene Amada

Loucura

Disfarçada de aparente sanidade

É a vontade de te ter

De te preservar

Até ao Fim da Eternidade

É inquietude disfarçada

Em gestos suaves

De incontida paixão

Pois quero abraçar-te

Beijar-te

Fundir-me contigo

Até que se esgote tudo

E nada ficar

A não ser o nosso eco

Na portentosa imensidão…!

O Amor…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 20/07/2009
Código do texto: T1709755
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