Sapinho
Sapo não vira príncipe
Mas procura o amor
Não se torna feliz
Por que tem os olhos grandes
E anda sempre sozinho.
Não sabe cantar
Nem tenta falar
Dum tal outrem
Sempre pulou sem parar.
Feio de lagoa
De passo a toa
Um dia percebeu
Que sem beleza
Assim sempre viveu.
Amor existe no feio
No começo fim e meio
Choro de solidão num anseio
Assim só pulando veio.
Sapinho um dia algo buscou
O que o olhar grande olhou
Nos pulos da vida
Encontrou o broxar de uma flor.