NADA PARA DIZER
No sedimentar dos pensamentos
sentado à margem dum penhasco
olhando o lindo mar,
lembro-me de você, doce amada,
o coração a palpitar,
a boca seca, com vontade de beijar.
O vento acaricia meu rosto,
rasgando o silêncio,
respiro,
vejo o seu olhar,
aproximo-me dele
mas, já não mora mais aqui.
Ergo-me de imediato
corto o atravessar muralhas,
volto à realidade do viver
sem ter nada para dizer...