Alma e lágrimas

Tenho a alma dos poetas que choram

dores de amores vividos na

essência de passados momentos

aflorados no peito sofrido.

A febre do desejo que cobre meu

corpo renasce do toque de

suas mãos que deslizam suaves

e cheias de volúpia.

Caem de meus lábios palavras

melodiosas que não consigo

decifrar para você.

Se o coração que bate no

peito ainda fosse meu eu diria

o que é estar amando

o desconhecido e absorto olhar

que vejo mergulhar nos meus.

E o pensamento vagueia

perdido sem dono em um mundo

que não é meu, na vida

que é somente sua.

Procuro o sentido exato da angústia

que fere e da lágrima que passeia

perdida em meu rosto.

Tenho receio da certeza que

insiste em se fazer presente

em meio às dúvidas de sempre.

E pergunto a você o que faço

do tempo e do sentimento

que rasga o peito dilacerando

a alma já sacrificada.

Rita Venâncio
Enviado por Rita Venâncio em 17/07/2009
Código do texto: T1704480
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