A voz que ouço no silêncio que cala
Quando ouço sua voz a alma mergulha
leve e sublime nas águas da paixão.
Não sei de uma face na qual pensar,
apenas conheço o som vindo de
longe e que me acalma os sentidos
feito um bálsamo doce e suave.
Sei pouco de você, mas o que sei
revela-se profundo na essência do
gostar sem limites e barreiras.
Nem mesmo a distância ousa
contradizer o que por você sinto.
Parece-me que há uma ponte
sólida a unir o meu coração ao seu.
Trilhamos caminhos diferentes na
vida que um dia resolveu
me unir a você.
O tempo que passa torna-me envolvida
na bruma serena do amor que
floresce em meu peito.
Faço de meus versos a confissão
que as palavras não ditas calam.
Sou a sensibilidade dessas letras
aqui repousadas e tento
permanecer silenciosamente ao seu ledo.
Tecendo belas frases nesse poema
traduzo o que a alma
em flor me revela: o amor.