Fazendo-se Amor
Um piano, uma voz,
e um corpo a rodopiar
pelo chão anil giz!
Um poeta, um papel,
e na moldura da janela,
a face do verso,
em tenros sorrisos
trazendo o outono,
fazendo-se primavera!
Entre as fazendas
a escultura moldada em sedução
num chamamento de sonhos e ilusões,
luzes e a musicalidade,
argumentando-se mulher!
Uma vitrola, uma melodia,
e uma silhueta em delírios,
pelo ato seda marfim!
Um homem, uma flor
e na penumbra do recanto,
a nudez do reverso
em úmidos trejeitos,
trazendo a paixão
fazendo-se amor!
Auber Fioravante Júnior
16/07/2009
Porto Alegre - RS