EM QUEDA
EM QUEDA
Nem tudo é verdade,
Mas há um tanto de verdade em tudo,
Porém quando as coisas caem leves e em gotas,
Há pranto no canto que não encanta sem força,
No entanto, quando o gosto do desgosto é amargo
Como afago falso no rosto que tarda a doer
Meu corpo sofre e se encobre de dor
Sem ver que nas tardes lentas nem pensas
Que em horas curtas há mais perguntas que respostas
Ó senhora, onde estavas quando por ti chorava
Quando por teu corpo o meu clamava?
Eu bem mais que menino e quase amigo
Lembrei que há tempos a tive comigo
E pela razão contido e pelo pulso do coração ferido
Quase fui impelido na queda livre da imaginação alada
Onde vi o reflexo de atitudes sem nexo
Em um devaneio de andares e vidraças.
Fernandes Oliveira