Eu tenho Medo!
Temo olhar-te nos olhos, pois me desarma
Tocar-te o corpo , por que me queima
Beijar-te a boca, por que me rouba as palavras
Pensar em você, pois me faz derriçar.
As plantinhas, nascem crescem ás vezes com o pequeno
E sobrevivem do minimo que recebem...
As pocas gotas de chuva que escorrem até o lugar onde se escondem
O "raiozinho" de sol, que consegue penetrar até o recôndito da sua morada...
A leve brisa, que ao agitar as outras folhas, consegue suave refrescar seu caule.
Assim é às vzes o amor de um poeta, habituado a dar, muito mais do que recebe...
Mostra toda suas cores e aromas, mas cresce sozinho, com seus mínimos, mas alegre.
Ele sabe que no fundo é só receio, que as pessoas tem de talvez, se declarar... afinal é complicado se dar uma pintura que leigos fazemos... a quem ganha a vida, na arte de pintar.
Assim ficava o poeta sempre e sempre, doces versos ofertando , sem cessar, julgando ser a sua saga inconsciente, de tão somente, a outros encantar.
Porém um dia ele tranquilamente veio
Ao seu recanto mais uma flor plantar
E encontrou um jardim, o mais fragrante
Florido, e com seu nome ante
Que não houve o que mais ele pensar
Se não em ver quem fora essa jardineira
Que com tão delicada mão, foi a primeira
Que deu-lhe uma flor, pra apaixonar.
Ai! diz ele agora, - o que eu faço?
Se vejo hoje um nome no espaço
Se quero tanto ver-te a face sem véu
Não sou mais um só caminho, de um sentido
Encontrei naquela flor um ombro amigo
Quando vi-a com os pés no chão - toquei o céu -
- Vem minha adorada, dá-me vida,
Não quero nem pensar na despedida
Apenas deleitar-me no momento
Eu sei que dize a mim ainda ser cedo
Se o tens, também divido o teu medo
Mas não há como esconder a emoção
Se era eu um jardineiro em oura era
És tua a flor que minha vida espera
Para plantar no jardim do meu coração.