Espera-me
Embriagado num sorriso, emergido no cálice do amor, sob o brilho intenso das estrelas, ainda que não possa vê-las.
Deleita sem medo em cada palavra dita, fitando firmemente meu olhar, vagando em teu ser, resquícios meus espalhados.
Retratos na parede, páginas amareladas, emoções estateladas.
Espera-me como outrora, coração ansioso, adivinha o por vir, deixa-se levar, o sentimento indica aonde ir.
Folhas brancas aguardam o decorrer da história,
Mesmo que em tropeços e afagos mesclados, num acarinhar banhado de doçura.
As janelas do tempo se abriram, refletindo luz, adentraram nos sonhos mais loucos, aquecendo a alma, acendendo a chama no perpétuo ninho do amor.
Reciclando planos, submetendo ao destino, almas gêmeas andando juntas, rasgando os véus do acaso, avivando o doce beijo esquecido.
Espera-me sem rodeios, eu, você e a lua...
escrito
06.06.2006
por Águida Hettwer