Esse teu olhar molhado e intenso me queima por inteiro,
sinto rubores e calafrios, paradoxalmente, muitos medos e desejos.
Enviam esses olhos doces tantos recados, intensos, puros e desavergonhados.
Mas eu, mulher tola, paraliso e penso, penso e paraliso, permaneço estática na sensação...
E pensando tanto assim perco o nosso rumo, a beleza do nosso momento que se esvai.
Que não permito espontaneamente acontecer, expulsando a felicidade.
Torno cativa a emoção, aprisiono covardemente o impulso pleno na razão.
Apenas e tão somente por tanto medo de amar!