Despedida
Na incerteza vaga do teu olhar
A névoa que me faz respirar
A sombra distante do teu amor
E a vida passando, inútil torpor.
Quisera eu matar esse sentimento
Sufocar tudo isso aqui dentro
Seria tão mais fácil não amar
Coração tolo insiste torturar-se.
Meus lábios emudecem
Na solidão da noite enegrecida
Que me faz ver você em mim
E agonizar no recôndito da alma.
Se minha ultima lágrima
Não é capaz de comover-te
Deixa-me calar para sempre
Este coração estúpido
Que apesar de tudo
Não quer te esquecer.
Resta-me dizer-te apenas
Que vá e me deixe pra trás
Como se isso nunca tivesse existido
De hoje em diante
Já não vou respirar
Não tenho porquê,
Já não faz mais sentido.