Despedida

Na incerteza vaga do teu olhar

A névoa que me faz respirar

A sombra distante do teu amor

E a vida passando, inútil torpor.

Quisera eu matar esse sentimento

Sufocar tudo isso aqui dentro

Seria tão mais fácil não amar

Coração tolo insiste torturar-se.

Meus lábios emudecem

Na solidão da noite enegrecida

Que me faz ver você em mim

E agonizar no recôndito da alma.

Se minha ultima lágrima

Não é capaz de comover-te

Deixa-me calar para sempre

Este coração estúpido

Que apesar de tudo

Não quer te esquecer.

Resta-me dizer-te apenas

Que vá e me deixe pra trás

Como se isso nunca tivesse existido

De hoje em diante

Já não vou respirar

Não tenho porquê,

Já não faz mais sentido.

Marina Dalmass
Enviado por Marina Dalmass em 14/07/2009
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