Novo e soerguido

Ergo-me na alvorada de um dia novo,

no advento de uma vida nova

quando o tempo me pare alegrias outras

nos mesmos desejos dormidos de ontem.

Hibernam em mim o insone,

as palavras silenciadas,

os discursos apagados,

uma vontade viva.

Ergo o meu olhar ao céu

e minha fé enxerga luzes

além dos abutres,

onde sonha o arco-íris

que cruza o horizonte.

Meu sinal é o meu olhar.

Ando dissolvido na magia da crença

e por isso suporto a tenda

que armei no deserto das minhas falhas.

Vou-me arredio à procura do novo.

Se posso nem sei.

Se sei já sou outro