Na hora em que no céu, o sol se distancia a oeste,
E as nuvens, deitam cores mudas ao leste,
Pássaros voltam ao ninho em bandos celestes,
Criando com rumores e burburinhos, alegres flertes!
Na abóbada; deuses rabiscam o céu e cores desconhecidas,
Vibram harmonia, colorindo nuvens embevecidas,
O amor é neste instante, nos olhos e na alegria,
O esplendor de beleza que na face humana se advinha,
O mesmo amor que o apostolo do gentio,
Concluiu ser em parte, neste momento; no todo tem seu feitio;
Desconhecendo o artífice destes grandiosos labores,
Em uníssono, padecem os filhos degredados dos amores
Que vendo no céu, virtuosa alegoria,
Nominam com rompante, aquele que detém a sabedoria,
E crêem amar, e amam!... O amor! Ansiando subjugá-lo,
Desconhecendo a raiz; tomam o fruto pelo sabor do regalo
E no encanto do encontro o amor é tido pronto,
Sugado, o doce do fruto, o amor é dado desencanto!
E a filha e o filho, desenlaçam corpos que nutridos pelo desejo
Fazem do beijo, o ultimo ato deste cortejo,
Iniciado na paixão, encerrado na decepção,
Este; amor! Enumerado em canções, adulterado na feição,
É o mesmo, que na natureza é ritmo e beleza,
E nos corações de filhos e filhas é rito de incerteza,
Na forja da dor, o amor inspira;
Ao filho e a filha, a busca que o transfira
Dos devaneios de Eros, a beleza do desapego
Mistério d’almas que unidas no encontro, despem do ego
As roupas do temor, e veste as claridades deste mesmo amor
Que por si só, ainda que em rimas pobres, permanece!... Amor
E as nuvens, deitam cores mudas ao leste,
Pássaros voltam ao ninho em bandos celestes,
Criando com rumores e burburinhos, alegres flertes!
Na abóbada; deuses rabiscam o céu e cores desconhecidas,
Vibram harmonia, colorindo nuvens embevecidas,
O amor é neste instante, nos olhos e na alegria,
O esplendor de beleza que na face humana se advinha,
O mesmo amor que o apostolo do gentio,
Concluiu ser em parte, neste momento; no todo tem seu feitio;
Desconhecendo o artífice destes grandiosos labores,
Em uníssono, padecem os filhos degredados dos amores
Que vendo no céu, virtuosa alegoria,
Nominam com rompante, aquele que detém a sabedoria,
E crêem amar, e amam!... O amor! Ansiando subjugá-lo,
Desconhecendo a raiz; tomam o fruto pelo sabor do regalo
E no encanto do encontro o amor é tido pronto,
Sugado, o doce do fruto, o amor é dado desencanto!
E a filha e o filho, desenlaçam corpos que nutridos pelo desejo
Fazem do beijo, o ultimo ato deste cortejo,
Iniciado na paixão, encerrado na decepção,
Este; amor! Enumerado em canções, adulterado na feição,
É o mesmo, que na natureza é ritmo e beleza,
E nos corações de filhos e filhas é rito de incerteza,
Na forja da dor, o amor inspira;
Ao filho e a filha, a busca que o transfira
Dos devaneios de Eros, a beleza do desapego
Mistério d’almas que unidas no encontro, despem do ego
As roupas do temor, e veste as claridades deste mesmo amor
Que por si só, ainda que em rimas pobres, permanece!... Amor