A FADA

Era uma vez uma tímida sombra a vagar

Despercebida, maltrapilha de valores

O sol lhe negava luz, perante ela emudecia o bramido do mar

Com ela somente conviviam seus próprios dissabores!

Era uma vez uma lágrima insípida e incolor

Que queimava a face pálida a lhe possuir

Sua diária presença era o agonizante batismo da dor

Seu projeto existencial era inexistir!

Era uma vez uma semente estéril, indigna de germinação

Seu toque mortificava o mais fecundo dos terrenos

Nenhuma flor, nenhum broto frutífero no coração

Nenhuma chuva para tornar seus soluços mais amenos!

Era uma vez uma fada, que transformou em sol a triste sombra

Que amparou aquela lágrima e sua vertência estancou

Quem viu a semente infeliz, vendo-lhe agora jardim, se assombra

Quem um dia me viu sem a fada, não acreditaria no que hoje sou!

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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 13/07/2009
Reeditado em 14/01/2013
Código do texto: T1697578
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