OFERENDA
 
A ti ofereço minha própria vida,
os sonhos em suavidade de cor...
O bálsamo da flor renascida,
minh'alma plena de amor!
 
Oferto as poesias que escrevo
no silêncio das horas de ternura,
são como quatro folhas de um trevo
adornando este sentir sem cura!
 
Ofereço toda esperança guardada
neste coração que sempre te pertenceu;
doo-te o claridade-luar da madrugada
e luz de estrelas para iluminar o breu!
 
Guardo comigo a lágrima escorrida,
quando o tempo desfolhou sentimentos
mas não ousou entoar o canto da despedida!
 
Ofereço o som mavioso de uma canção,
as cores cambiantes do alvorecer
realçando em teu caminho a emoção!
 
Dou-te como oferenda meu “eu” interior
para que nas invernias, seja eu teu cobertor!
 
Ofereço o brilho que meu olhar possa ter
para que desvendes, o que não consegues ver!
 
04/02/2009

 

Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 13/07/2009
Reeditado em 23/10/2009
Código do texto: T1697416