À ESPERA...

 
Dou tempo ao verbo calado...
Transito alheia entre o escoar da hora.
Parte minha é um eterno sonho alado
a outra, vive nas lembranças do outrora.

Às vezes sou névoa transparente
rondando ruas frias da madrugada
ou flor, que desabrocha displicente
em terras de cores desbotadas...

Minh’alma vaga num céu indefinido
à espera de antigas estrelas cadentes
que me devolvam o tempo vivido,
onde a vida era perene aurora ardente!

E nossos corpos ávidos, desnudos
entre carinhos, sussurros e gemidos
deixavam líricos poemas mudos,
ao alcançarmos o paraíso!

 

21/01/2009

Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 12/07/2009
Reeditado em 05/01/2013
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