DOIS CORAÇÕES

Peregrinos da vida que se cruzavam,

Nas andanças de seus destinos,

Com passos apressados sem se olharem.

Um dia porém um deles mais afoito,

Sentimento estranho sentiu,

E seu coração já deu um alerta.

Aquela figurinha frágil,

Passos ligeiros, compenetrada,

Corpo bonito, elegante, despertou atenção,

Notando sua graça no andar delicado,

Presença bonita que nunca notou,

E um rosto bonito que rápido ausentou.

Rápidas passagens sem reciprocidades,

Até que um dia ela lhe acenou,

Com um sorriso nos lábios num convite,

Pois afinidades sentiram e se olharam,

Timidamente sem se atreverem,

Pois nem se conheciam, só se cruzavam.

Com acenos do coração ganharam afinidades,

Reciprocidades gostosas foram evoluindo,

Até que em namoro um deles pediu,

E a resposta foi um sim tão generoso,

Que logo de mãos dadas audácias sentiram,

E curtiram presenças por longos anos apaixonados.

Tinham como cúmplice de seus segredos a lua,

Que entendia os anseios de seus corações,

Pois nada mais terno do que troca de olhares,

De dois jovens que realmente se apaixonaram,

E buscavam afinidades nas noites enluaradas,

Com beijos apaixonados e corpos se tocando.

Uma história longa que marcou suas existências,

Até que o destino traçou cruel separação,

Pois aquela figurinha frágil de delicada presença,

Um dia se foi para caminhos que não sei,

Enfeitando quem sabe outros jardins,

Pois éra uma flor de irradiante beleza.

11-07-2009