Há tudo isso
Há tantas mãos em minhas mãos
que já não mais conto.
Tantos corações dentro do peito,
vezes soltos, vezes, vezes...
Sinto amores híbridos,
desejos à procura doutros desejos
e de mim.
Sou então esse deslimite das procuras,
um certo exagero achado às escuras
quando faço o indefensável à luz.
Teu amor amiúda-se junto ao meu,
diante do meu coração resignado,
um peito traído, um amor fingido...
Dentro de certos laços dados,
há um nó!
Se sou assim, és de mim
o que passou ligeiro
e o que ficou deslimitado
entre um beijo e um abraço
açodando um amor esquecido.