Acolhida
O amor perdura entre paredes obscuras
O tempo prende a respiração ofegante
E os corpos balbuciam no espaço dos sabores.
O movimento entrelaçado das montanhas verdejantes
Ao amor que recomeça sem querer viver esperas,
Os ruidosos e suaves cantos dos pássaros ao sul gorjeiam.
Entre a relva dos arbustos aos campos de sabiás,
Caem as flores ao som de suaves amoras.
Há o calor de primavera nos rompantes.
E serenos ardores nas manhãs ensolaradas.
É a primavera dos amores que amanhece
Em lua cheia há momentos de zarpar.