Vozes da Saudade
Ausência, saudade
que transborda em dor.
As cores do sofrimento
serão retratadas como que
por pintor insandecido
que a tudo pintará com
tons de vermelho opaco.
Serão cores que denunciarão
que existem paixão e dor,
que vive no coração
um ardente desejo
que não consegue realizar.
E neste concluir da impossibilidade,
todo um desatino, ao sentir apagada
a linha existente
entre a realidade e a fantasia.
Talvez queime em febre,
tenha delírios de moribundo.
Sinta definhar o resto
de seu raciocínio avariado.
Mortifique a sua razão,
nem mesmo o recurso
da moral ou do pudor
haverão de conter as dores
da vontade ferida.
Transborda o querer
da sua individualidade,
como que veio de água
que quer romper
a superfície do solo.
E num sublimar de si,
retormando a esperança,
a capacidade de sonhar,
transbordando em sentimentos,
transformando-se em líquido,
e este ganhando plasticidade.
Ser água desejando
outras águas, como que
um riacho a querer
encontrar outro pequeno rio.
Para, como dois riachos,
mesclarem-se em encontro.
Recebendo e doando águas,
num único encontro
de onde surge um único rio,
que não se sabe se tem águas
calmas ou turbulentas,
mas sabe-se que corre para o mar,
tentando definir os mistérios
dos caminhos da paixão e do amor.
Ausência, saudade
que transborda em dor.
As cores do sofrimento
serão retratadas como que
por pintor insandecido
que a tudo pintará com
tons de vermelho opaco.
Serão cores que denunciarão
que existem paixão e dor,
que vive no coração
um ardente desejo
que não consegue realizar.
E neste concluir da impossibilidade,
todo um desatino, ao sentir apagada
a linha existente
entre a realidade e a fantasia.
Talvez queime em febre,
tenha delírios de moribundo.
Sinta definhar o resto
de seu raciocínio avariado.
Mortifique a sua razão,
nem mesmo o recurso
da moral ou do pudor
haverão de conter as dores
da vontade ferida.
Transborda o querer
da sua individualidade,
como que veio de água
que quer romper
a superfície do solo.
E num sublimar de si,
retormando a esperança,
a capacidade de sonhar,
transbordando em sentimentos,
transformando-se em líquido,
e este ganhando plasticidade.
Ser água desejando
outras águas, como que
um riacho a querer
encontrar outro pequeno rio.
Para, como dois riachos,
mesclarem-se em encontro.
Recebendo e doando águas,
num único encontro
de onde surge um único rio,
que não se sabe se tem águas
calmas ou turbulentas,
mas sabe-se que corre para o mar,
tentando definir os mistérios
dos caminhos da paixão e do amor.