Delírio
Mesmo que os meus olhos não te vejam...
Que os meus lábios não toquem os teus...
Que a minha pele não sinta o calor da tua...
Em meus pensamentos, eu te vejo, te sinto, te toco, te tenho.
Degusto o sabor do teu beijo, que me suga todo necta e o transforma em mel.
Posso experimentar em me o desejo flamejante da tua pela ao unir-se a minha.
Eu te sonho, e o meu corpo transpõe por lugares, por eras, por dimensões, e encontra o teu.
Em um jogo de desejos...
E tudo me queima, em uma volúpia ardente, arrebatadora.
Então te vejo a minha frente como paisagem, cenário, miragem, alucinação, mágica, ficção.
Te sinto palpável, gente, carne, pele, tangível, homem.
Te sinto meu.
Ah!!! Meu doce delírio...
Tudo é um frenesi, desperto do meu transe e não te tenho mais aqui.
Já não te vejo, nem te sinto, nem te toco e tão pouco te tenho.
No entanto há em me vestígios do meu delírio.
Meus olhos choram as alucinações vivenciadas
Minha boca almeja o tão saboroso beijo
E o meu corpo ferve, arde em labaredas que clamam pelo teu corpo.
E depois de tudo eu ainda:
Te sonho.
Te desejo.
Te quero.
Te amo.
Te espero!
(SILVA, Jindiane Oliveira)
Araci – Bahia 07 de julho de 2009