RENASÇO DAS CINZAS
Graça da Praia das Flechas


Ahh, meu Homem!
Só tu mesmo, para minha inspiração voltar
Retornando a povoar os sonhos teus
A névoa dissipa dentro de mim
E como uma canção
Faz-me responder assim:
Sou pássaro fujão
Preciso de asas para poder sobreviver
Gaiolas de luxo que me prendem então
São como pesos, que farão esta ave
De pura tristeza parar de cantar e vir a morrer.
Porém, quando retornas para meu aconchego
E tomas em teus braços esta mulher insaciável
Cujo perfume é de almíscar e não de jasmim
Nossas bocas se encontram num beijo interminável
Sabes o Porquê
De eu não poder viver tão presa assim!
Sou barco sem rumo, sem sul e sem norte 
Minha vereda é indicada ao sabor do vento
Alimento-me da Paixão, quando jogada sou à própria sorte
Sou como pó das estrelas semeadas no firmamento.
Esta é a minha sina...tão demente!
Renasço das cinzas, sempre por teu Amor revificada
Fugindo da Morte que me persegue tão vorazmente
Livro-me do Grande Vazio, do Negativo, do Nada...
 
 
 
 
 
 
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NITERÓI-RJ