INSPIRAÇÃO, leitura

Quem dera fosse eu um gênio a realizar desejos
Espelhar vontades incertas na imensidão dos sonhos
Quem dera eu alimentasse os beijos com gosto de eternidade
Tornando luxo passageiro as dores da solidão.

Pudera eu tornar o acaso obra do trabalho
E o destino a provar a exatidão da regra.
Pudera trancar na memória um medo inesquecível
Sendo rigorosamente homem para chorar a minha dor.

Quem dera ser por ora menos sonhador
E trocar o tempo do verbo para o presente
E olhar o “eternamente” como rotina
Seguindo passo a passo a minha escolha.

Jose Carlos Cavalcante
Enviado por Jose Carlos Cavalcante em 03/06/2006
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