Manduka
de Edson Gonçalves Ferreira
para os poetas portugueses e os poetas do Recanto
Este nome lembra-me "Panis angelicus"
O "Manducat, Dóminus"
E será neste restaurante que, como Cristo, vou ceiar
Só que ao lado de 30 discípulos amados
Enternurados pela poesia
Na Terra dos meus avós
Consagrando minha passagem por este mundo,
Uma vez que falarei no solo onde Camões cantou
Onde Pessoa se multiplicou para sentir
Não sou gênio, mas geminiano como Fernando sou
E, como ele, tenho o colo grande para abrigar muita gente
Quem estiver no Manduka, vai comungar comigo
Sob as bençãos do Menino que sempre anda ao meu lado
E, agora, está a repetir o que já disse, há dois mil anos:
Onde estiverem reunidos dois em meu nome, ali Eu estarei
É assim que este poeta se sente
Consagrado pelo carinho dos poetas portugueses.
Divinópolis, 08.07.09