A Eterna Febre Passageira Chamada Amor

Sinto-te ao meu lado

Sinto-te cada vez mais perto

Meu coração dispara toda vez que penso

Na possibilidade de te encontrar

E um encontro físico, não virtual

Com direito a abraço, toque de mãos

Troca de olhares, ouvir sua voz, beijá-la?

E um beijo de verdade, não corriqueiro

Selinho, esse beijo sem graça e sem contato

Sem sentimento, sem olhos fechado, sem calor

Que não altera o ritmo do coração

E um que provoque taquicardia, mas não um ataque cardíaco

Que me eleve a 150 batidas por minuto

Como brothers em um paredão

Como um reencontro de irmãos

Como dois loucos apaixonados

Que se amaram toda uma vida

Mas nunca se entregaram um ao outro

Não porque não se queriam, mas porque a vida é assim

Às vezes prega algumas peças

E surgem outras pessoas, surge a distância

Vem a maturidade (vai-se a infância)

Surgem as responsabilidades, o medo, a insegurança

O orgulho, e o medo de mergulhar de ponta-cabeça

E a piscina não estar completamente cheia

Mas você continua aqui, no lado esquerdo do meu peito

Você tem cadeira cativa, nunca te esqueceria nem um por um segundo

Assim como nunca se consegue esquecer os ursos polares

Engraçado, eu perco o amigo, mas não perco a piada

Eu aceitaria perder quase tudo, menos você

Porque só você me faz sentir frio e calor, firmeza e tremor

Autocontrole e arritmia, descompasso e harmonia

Tudo ao mesmo tempo agora, a todo momento

Esses sintomas são meus velhos conhecidos

Não é nenhuma nova doença

É apenas a eterna febre passageira chamada amor