Bela em Prantos, meus Encantos
Quando seu pranto ecoa aos ventos
Na ainda névoa da alvorada tímida
E a fronte horizonte abaixo se inclina
Sinto no peito o peso destes tempos
Rogo a deus qualquer dos ares
Somo remorso se ela não cessa
Já que outrora em mente perversa
Fui dela a negação dos altares
Mas vê, nos dias que em teu sorriso
Tão sereno como da rosa a pétala
É seda, maciez, então recorro a ela
Pra ter todo o amor que eu preciso
Vem, tão logo, então, minha bela
Seca o pranto e faça-te alegria
Rego a planta, roubo-te agonia
E queimo-a na noite à luz de velas.