****Quando Ama-se**** (Paulo)
Quando, por tí, sou recebida,
Sinto-me em nuvens de algodão,
A lua que um dia, distraida,
Chorava, envolta da escuridão.
No silêncio, a lágrima discreta,
Mão trêmula, que perdeu um alguém,
Desabafa, em versos e completa,
Meu mundo é você, mais ninguém.
E pelo quintal, faço minha poesia,
Contigo, meu sorriso acontece,
No rádio, o som do teu dia,
Em teu olhar, o desejo transparece.
E tomada, pelo sentir,
Solto minha imaginação,
No beijo, não saberei resistir,
Momento de satisfação.
Poeta não sou, nem vou
Dizer que tudo irá passar,
A tempestade por mim, passou,
Conjugo apenas, o verbo amar.
E sendo meu muso e amor,
Entrego-me de corpo e mente,
Como sol, que com seu calor,
Embeleza os dias da gente.
Lá, no céu, somos olhados,
E no mundo do faz de conta,
Tu, meus olhos inda molhados,
Teu rastro, sempre aponta.
Com amor, respeito, carinho,
Confissões em doces dizeres,
Esse amor, por nós o caminho,
Dos amigos, somos quereres...
Estela
07-07-09