FACES QUE TE AMAM - Retrô
Sonda aquela face que se opõe à minha;
Nela estou perdido, pela ausência de teus olhares;
Ali todas as minhas fatalidades comungam sozinhas;
E nas sarjetas da mágoa encontram seus lares!
São discursos sem áudio e de amargo conteúdo;
Onde publico minha insegurança para a leitura do silêncio;
Sem luzes suficientes, para esse vasto túnel escuro;
Com aromas de aflição, qual disfarçado incenso!
A face escondida é mais real que a avistada;
Suas lágrimas também alagam seus pantanais de hematomas;
A cor de seu olhar remete a sombras encarceradas;
O mal que lhe acomete é superior aos seus sintomas!
Sonda esta face oculta e me encontre por favor;
Pois ando sem destino nas alamedas de minhas ruínas;
Cure-me amando-me, desse devastador mal de amor;
E te darei minhas as faces, pra que as tuas também sejam minhas!