Nada sei
Não sei o que o meu amor não tem,
pois não alcança o seu.
São mundos dispersos que envolvem estradas,
dissipam sonhos, realizam e figuram
na incerteza dos passos caminhantes.
Percebo no vago rascunho de minha vida
sua presença que se torna o desenho
sem cor, observado no delineamento
disforme de sentimentos.
Nada se faz presente diante da mágoa
que persiste, insiste habitar meu peito
e machucar a alma , sempre poética.
Tocando o silêncio da noite e o barulho
do dia vivo na solidão perfeita
do amor que não tenho.