AMAR É... ÓTIMO!
Ah! Eu adoro saber que sou amada
Gosto de afagos, carinhos, ser dengada
E também de poder acender o coração
Nos encostos apertados, namoricos de portão
Se nunca se experimentar tal ansiedade
Não se saberá o valor da ação na excitação
Tudo que se viveu não valeu de nada
Nem saboreou o amor com intensidade
É um impacto no corpo e na mente
Tira-nos do sério numa febre quente
Um estremecimento desequilibrado
Adrenalina rapidinha para todo lado
É um sacudir os medos infundados
Toda a pele parece muito incendiada
É dor que não dói verdadeiramente
E a respiração funga e fica ofegante
Amar é tomar um banho de cachoeira
Dá vontade até de plantar bananeira
É banhar todos os recantos de repente
Saltitar e pular amarelinha todo contente
Deixa no olhar um ar muito brilhante
Sentindo-se um super homem possante
E a gente pode até nem ter eira nem beira
Mas começa a pensar só àquelas besteiras...
É calor e ao mesmo tempo um arrepio
Rejuvenesce e se parece com menino vadio
Um querer que abala todos os sentidos
E tentar fazer assaltos como um bandido
É um estar queimando e um sentir frio
Há verdadeiro rebuliço de fio a pavio
Mas quem já amou ou quem ainda ama
Sabe como é bom, faz bem e te inflama
Nunca vai esquecer aquele ledo encanto
Que deixará lembranças a todo o momento
Mesmo ao acordar sozinho em sua cama
Quer recordar e registrar tudo em um poema!
Dueto: Lourdes Ramos e Hildebrando Menezes