O que quero?
Nem sei se quero
da dor ficar curada
desabastecida do amor
e da tristeza desaguada
Talvez eu gostaria
que tu me visses agora
pois de certo saberias
que não é chegada a hora
Preciso de um tempo
que me leve a refletir
e não fique num lamento
pelo teu constante indefinir
Os dias passam ligeiros
e nos remetem ao futuro incerto
por nenhum entrelace descoberto
Se o alimento é apenas desejo
a alma chora a perda de possível amor
não desvelado num lampejo
Assim é chegada a hora
da despedida final
que ela se faça sem demora
Santos/SP