Insana Primavera

A mão ergue a taça,

Pela face escorre a lágrima,

O lamento idílico, a simplicidade

Do olhar no lírico devaneio,

Luz estrelar!

O lábio se mostra úmido,

Dentre as dunas o deslize da rosa,

O versejar aveludado, a melodia

Do sorriso na raiz da alma,

Penumbra sem censura!

O corpo se contorce

Pelas liras madrigais,

A primavera insana, o gole

Da pele se acendendo,

Coração latente!

O amor em delírios,

Por velas alçadas

E catedrais aconchegantes

O pecado em poesia

Maestria em paixão!

Auber Fioravante Júnior

04/07/2009

Porto Alegre - RS