SE UMA CIGANA LESSE MINHA MÃO
Olhando os emés das minhas mãos
Noto o quanto são diferentes
O da mão esquerda é bem certinho
Já o da mão direita não é não
Acima da primeira “perna”
Há três pequenas linhas desiguais
Em duas delas parte de um coração
Na linha do meio tem uma pequena reta
Que lhe corta no sentido vertical
Mesmo assim ela continua o seu trajeto
Cortada novamente em seu final
Uma irregularidade é nitidamente clara
Na linha que liga a linha do meio
A outra “ perna” do emé
Como em contraponto na contradição
E esta, por sua vez, é certinha
Entretanto existe uma bifurcação
Fazendo um singular contorno
No final da palma da minha mão
O que diria uma Cigana
Se lesse a minha mão...
Que sou confusa e controversa
Boba, louca e atrapalhada na certa
Tentando a todo custo lhe arrancar
Da minha alma e do meu coração?
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Publicada tb no '' Apenas Ysolda''
www.ysoldacabral.blogspot.com/