Está tudo muito quieto, meu amor...
Quieto. Está tudo muito quieto!
Eu tenho medo quando as coisas são assim...
Depois de uma grande calmaria
Muitas vezes vem o fim...
Uma pequena borboleta
Sobrevoa em minha janela
Não é comum com este frio de inverno...
Mas... Será que vejo mesmo a ela?...
Ou são meus sonhos que, em profusão,
Trazem lembranças de um passado lindo
E consigo ver no inverno, o verão
De um tempo, hoje, que há muito é tempo findo?...
Está tudo muito quieto à minha volta...
Estou sentada na cadeira de balanço...
Nenhum ruído, nada, nenhum som...
Só meus suspiros que ao espaço lanço...
Eu tenho medo das grandes calmarias...
- Na minha solidão, me chamarias?...