Testamento do abandono

Deixar-te-ei
Ao penoso embalo da solidão
Entre soluços ver-te-ei
Banhada em triste comoção
 
Na escuridão de tua vida
No pranto amargo que te esmera
A tua face indefinida
Revela o triste destino que te espera
 
Mas em paz eu sigo
Pois mereces o castigo
De não mais estar contigo
Nem mesmo ser o teu abrigo
 
Deixo assim teu encaminhamento
De eterno pranto, sofrimento
Não mais a ti dirigirei sequer o pensamento
E encerro assim teu testamento



Edison Barlem
Enviado por Edison Barlem em 01/07/2009
Reeditado em 06/07/2009
Código do texto: T1677082
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