Penso-te!
Do nascer do sol
Até o arrebol;
Na loucura da noite
No açoite do vento;
Sinto-me ao relento;
Penso-te!
Nos movimentos,
Rotação e translação;
No espaço que te espera,
No coração;
Emoção se desespera,
Adentra na esperança
Que tua ausência causa,
Na impaciência da calma;
Sinto-me o contrário
Da unidade,
Na dualidade da saudade;
Penso-te!
No horizonte distante,
Tão perto, coberto de ti,
No meu amor existir
Porque é teu;
Penso-te!
Aqui em mim.
Marisa de Medeiros