AMOR, AI AMORES…
Aproxima-se o mês em que fomos tudo e nos transformámos em nada, mas apesar de terem passado mais de mil anos, nunca esquecerei esses dias onde o amor jorrou de mim para ti e de ti para mim numa quantidade e intensidades tais que acabámos por nos afogar nele, quando nele metemos tudo o que nós éramos e nos deixamos levar pelos nossos fantasmas.
Foste o meu primeiro e mais forte Amor, Susana, e quero que saibas que quando olho as estrelas nos quais nos desnudámos por completo, despimos toda a dimensão do nosso ser, e os entregámos plena e incondicionalmente um ao outro de corpo e alma, me lembro de ti, e apesar de outros amores terem aparecido entretanto, há uma parte da tua pessoa na minha que jamais desaparecerá…
Este é para Ti, e que a paz que nos faltou nesses maravilhosos dias, sublimes noites, te acompanhe para sempre, pois descobri o caminho para a minha e é uma questão de tempo para que a alcance plenamente, desejando-te a mesma sorte…
AMOR, AI AMORES…
E a grande roda do tempo
Girou outra vez
Séculos se passaram
Mas lembro-me
Quando as monções aparecem
Lembro-me de Ti
Foste a primeira das minhas rainhas
E presto-te homenagem
Desta forma assim…
Conheço as estrelas desde que me conheço
Mas foste Tu
Que lhes destes o nome de Amor
Na ternura de afectos evanescentes
Mas que me acompanharão na memória
Independentemente do local
Para onde me dirigir
Para onde for
Fomos ao mesmo tempo
Os maiores amantes
Mas também os maiores inimigos
Águas que nunca se deviam ter misturado
Pois eras um rio fulgurante
E eu um lago
Que violando as leis da natureza
Se quiseram misturar
Numa perigosa fusão
Que algo tinha de estragar
E estragaste-me uma imagem de romantismo
Mas devolveste a realidade ao meu canto
Ao meu lar
E por isso
Apesar do perigo
Nunca poderia deixar de te amar
E assim
Nas grandes noites de celebração
Ergo a minha taça aos céus
Por muitos motivos
Mas também para Ti
Porque houve uma altura crucial na minha Vida
Que o mais importante de Tudo
Era estar
E querer ficar
Para Sempre
Contigo