Plenitude

(pág 71 do livro Doce Melodia)

Passadas as tempestades
As fortes chuvas de maio
Vêm então as magestades
Saídas de tubos de ensaio...

O brilho azul do céu,
a invasão dos beija-flores...
E eu passando ao papel
A manhã de resplendores.

Observo a linda ave,
Tão pequena e tão veloz,
Que paira qual astronave
sobre a estrelízia sem voz.

Suga lépida sua essência,
Voa assim tão satisfeita...
Que a flor nem pede clemência,
sobre a relva então se deita.

No alto, o bem-te-vi,
Começa novamente a cantar.
Até mesmo o colibri
resolve acompanhar...

Lá no alto, na montanha,
avistamos a região.
Como se no topo do Olimpo
encontrássemos a amplidão.

E lá embaixo, no horizonte...
As estradas e suas mazelas,
As curvas do leito do rio,
As matas verdes, no estio.

A amplidão da minh'alma,
a paz do verde e das flores...
Na manhã linda de junho,
a vocês os resplendores!



Adria Comparini
Enviado por Adria Comparini em 28/06/2009
Reeditado em 27/01/2013
Código do texto: T1671857
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