PRISIONEIRO DA LIBERDADE
Prisioneiro da Liberdade
Jorge Linhaça
Sou prisioneiro desta liberdade
que me amarra o passo do dia
que faz-me a noite de cama vazia
agrilhoando a minha verdade.
Não tenho dia nem hora marcada
só a rotina do tudo poder
e a voz do tempo, cruel a correr
adiante de mim, tão longe na estrada
Trago no peito as mil cicatrizes
chagas abertas, fechadas além
das minhas paixões, damas meretrizes
Trago no peito ,guardadas também,
lembranças ternas de tempos felizes
- doces memórias dos lábios de alguém.