TELA DA VIDA
Brinquei de ser tua,
Você fingiu ser meu.
Neste esconde-esconde,
Neste faz de conta,
A paixão silenciosamente
Pintou na pele as cores do tempo.
Sentimentos abstratos
Tingiu de azul o coração.
Em formas geométricas
Ocupou meu corpo,
Saciando desejos...
Gostosa brincadeira de amantes,
Corações esvoaçantes...
Na tela colorida da vida.
O que era doce se acabou...
Hoje paredes nuas...
Não brinco de ser tua,
nem você finge ser meu!
(Cida Vieira)