D’alva estrela
D’alva tu, ó estrela assustada,
esconde-te, esconde-te, esconde-te...
Sou o brilho novo desse teu olhar
sombreado e triste,
buscador de céus insones
onde o sonho é imortal e límpido.
D’alva, ó tu, assustada estrela
zela pela sombra do teu choro
como se para brilhar fosse preciso
amar sem amor, viver sem vida.
D’alva tu és, ó estrela minha...
respira no fosso de minhas esperanças,
retira a tua e sonha,
porque há um céu ridente para nós dois,
desde antes e até depois,
quando tudo em nós não nos for mais saudade.