UM CONTO, UM POEMA
De repente um esbarrão!
Copo entornado na blusa… Bicos endurecidos
Desejos a flor da pele disfarçada de olhares enfurecidos
Pequeno diálogo sucinto
Desculpe. Não te vi!
Tudo bem...
Eu também quase não te percebi
Olhares falando
O que foi?
Sua roupa... Molhou
Jura?
Nossa...
Está todo mundo olhando
E o cavalheiro disfarçado de cordeiro...
Quer que te leve a algum lugar?
Imagina, não quero atrapalhar
Diz a moça com ar de santa
Sonhando ser vulgar
Um carro... Musica romântica... Tremores
Por fim ela tirou a blusa
Ele a ela limpou e lambuzou
Amaram-se eternamente
Mas por uma noite apenas
Não trocaram telefones
Nem souberam se tinham nomes
Amor às vezes nasce e morre assim
Do nada!
E quem puder viver que viva
Esbarroes nem sempre acontecem
Na vida!