Refúgio
O apartamento é marfim, marfim, marfim...
então por que, em meus olhos,
meus sonhos se perdem?
Que lacunas há em minha alma?
Adoeço dos olhos?
Penso?
Em meu apartamento está tudo embassado:
os porta-retratos, a família, a cozinheira, eu.
Aqui, todas as portas se abrem e fecham.
Menos a porta do quarto das ilusões - sempre semi-cerrada.
Todo aquele que sonha sabe por quê.
O êxtase é a contemplação do que não vejo:
desejo.
Sinto-me, quase sempre, como jangada ao mar,
serena, passanso ao luar.
Por que essa angústia não se revela
mas é angústia que me enlaça
neste amor que não se explica,
enquanto a vela passa
e a lua fica.
Vejo-me vendo o apartamento marfim, marfim, marfim...
É um contemplar que me consome,
eu mesma, esta alma com nome
enquanto a terra e o céu e Deus são... assim.
O apartamento é marfim, marfim, marfim...
então por que, em meus olhos,
meus sonhos se perdem?
Que lacunas há em minha alma?
Adoeço dos olhos?
Penso?
Em meu apartamento está tudo embassado:
os porta-retratos, a família, a cozinheira, eu.
Aqui, todas as portas se abrem e fecham.
Menos a porta do quarto das ilusões - sempre semi-cerrada.
Todo aquele que sonha sabe por quê.
O êxtase é a contemplação do que não vejo:
desejo.
Sinto-me, quase sempre, como jangada ao mar,
serena, passanso ao luar.
Por que essa angústia não se revela
mas é angústia que me enlaça
neste amor que não se explica,
enquanto a vela passa
e a lua fica.
Vejo-me vendo o apartamento marfim, marfim, marfim...
É um contemplar que me consome,
eu mesma, esta alma com nome
enquanto a terra e o céu e Deus são... assim.