Eu nem percebia


Eu nem percebia o que era...
uma espécie de sensação de roupa rasgada
por onde minha mente escapulia.
Podia ser assim:
rádio chiando,
liquidificador quebrado,
almoço queimado...
mas era, apenas coração desgovernado.
Vontade de seguir você,
de citá-lo em minhas preces mais contundentes
ou nas mais comuns - que são quase as mesmas pois são fé.                                                                                                        Ambientá-lo em meu campo semântico de amor sensual.
Resta-me a incerteza da sinceridade em seu querer
que eu seja sua estrela, sua comparsa, seu pão-de-mel.
É ruim que você não me ame.
É ruim não saber por quem chora ou por quem sorri.
A tv também pifou. nenhum programa bom: você não aparece na novela, no noticiário, no filme das dez... mas será convidado do Jô?
Ansiedade... Insônia... meia furada.
Vou comprar novo enxoval
e convidá-lo a deitar na minha cama.
Sei com exagerada certeza de que necessito de você agora.
Daqui a dois minutos o lexotan faz efeito.
aí você pode continuar escondido ao meu lado.
É, outra vez, o amor, escravizando para a liberdade.
Liberdade de ser eu mesma,
Liberdade de perceber
que amo você mesmo entrelaçando consciências e surtos.
Liberdade de ser chama.
Flávia Melo
Enviado por Flávia Melo em 26/06/2009
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